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FC!#500 - O enorme dragão vermelho (Mensagem de Nossa Senhora, 1989)
Filhos prediletos, hoje adorais e invocais o Espírito Santo, que desceu no Pentecostes sobre os Apóstolos e os discípulos reunidos comigo, no Cenáculo de Jerusalém.
Vós O invocais novamente nestes vossos tempos, com confiança e perseverança, reunidos comigo nos Cenáculos de Oração, que já se difundiram por toda a parte da terra.
Por meio do meu Movimento Sacerdotal Mariano, convido hoje todos os filhos da Igreja a reunirem-se comigo, vossa Mãe Celeste, num contínuo Cenáculo de Oração.
Convido todos: os Bispos, Sacerdotes, Religiosos e Fiéis.
O Meu Coração Imaculado é lugar deste novo cenáculo espiritual e universal. Deveis entrar nele com o vosso Ato de Consagração, que vos entrega para sempre a Mim, a fim de Eu poder unir a minha voz as vossas vozes, invocando sobre a Igreja e sobre toda a humanidade o dom de um Segundo Pentecostes.
Só o Espírito do Senhor pode reconduzir a humanidade a perfeita glorificação de Deus (Ap 14, 7).
Só o Espírito do Senhor pode renovar a Igreja com o esplendor da sua unidade e da Sua santidade.
Só o Espírito do Senhor pode vencer o poder e a força vitoriosa do enorme dragão vermelho (antiga serpente, diabo ou satanás Apoc 12,9), que se desencadeou, em toda a parte, de maneira terrível, neste vosso século, para seduzir e enganar toda a humanidade.
O enorme dragão vermelho é o comunismo ateu, que difundiu por toda a parte o erro da negação e da obstinada negação de Deus.
O enorme dragão vermelho é o ateísmo marxista, que se apresenta com dez chifres, isto é, com o poder dos seus meios de comunicação, para levar a humanidade a desobedecer aos Dez Mandamentos de Deus (Ap 14,12), e com Sete Cabeças, tendo sobre cada uma delas um diadema, sinal de poder e realeza.
As cabeças coroadas indicam as nações em que o comunismo ateu se estabeleceu e domina com a força do seu poder ideológico, politico e militar.
A enormidade do dragão manifesta claramente a vastidão da terra ocupada pelo domínio incontrastado do comunismo ateísta.
A sua cor é vermelha porque usa as guerras e o sangue como instrumentos das suas numerosas conquistas.
O enorme dragão vermelho conseguiu, nestes anos, conquistar a humanidade com o erro do ateísmo teórico ou prático, que já seduziu todas as nações da terra (Ap 13, 7-8).
Conseguiu-se assim construir uma nova civilização: sem Deus, materialista, egoísta, hedonista, árida e fria, que traz em si os germes da corrupção e da morte.
O enorme dragão vermelho tem a missão diabólica de subtrair toda a humanidade do domínio de Deus, da glorificação da Santíssima Trindade, da plena realização do desígnio do Pai que, por meio do Filho, a criou para Sua Glória.
O Senhor revestiu-Me com a Sua Luz e o Espírito Santo com Seu Divino Poder; assim apareço como um Grande Sinal no Céu, como a Mulher vestida de Sol, porque tenho a missão de subtrair a humanidade do domínio do enorme dragão vermelho e de reconduzir inteiramente a perfeita glorificação da Santíssima Trindade.
É por isso que formo o exército dos meus filhos mais pequeninos, em toda parte do mundo, e lhes peço que se Consagrem ao Meu Coração Imaculado.
Assim levo-os a viver só para a Glória de Deus, por meio da fé e da caridade, e cultivo-os, Eu mesma, zelosamente, no Meu Celeste Jardim.
Apresento-Me então, cada dia, diante do trono do Meu Senhor, em ato de profunda adoração, abro a porta de ouro do Meu Coração Imaculado e ofereço todos estes Meus filhos que tenho nos braços, dizendo: “Santíssima e Divina Trindade, na hora da vossa universal negação, Eu vos apresento a homenagem da minha materna reparação, por meio de todos estes meus pequeninos, que formo cada dia para a vossa maior Glorificação”.
Assim, ainda hoje, o Senhor recebe, da boca das crianças e dos lactentes, o seu perfeito louvor.
Mensagem de Nossa Senhora ao Padre Stefano Gobbi, do Movimento Sacerdotal Mariano, em 14 de maio de 1989.
Texto para acompanhar a Leitura e Meditação do Apocalipse 12, 1-12
FC!#181 - II Dia Mundial dos Avós e dos Idosos
Olá amigos!
No próximo domingo, 26, a Igreja celebra o 2º Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, data instituída pelo Papa Francisco no ano passado, motivado pelos grandes desafios especialmente agravados pela pandemia da COVID-19 que tanto afetou as pessoas nessa fase da vida.
Se no primeiro ano desta celebração o Papa transmitiu uma mensagem de esperança para se superar a solidão enfrentada pelos idosos, especialmente agravada pela pandemia, nesse ano o Papa busca iluminar e encorajar os idosos a uma nobre missão para os tempos de hoje: de assumir o seu papel na construção do mundo de amanhã, na fraternidade e na amizade social.
Que esta mensagem possa inspirar não apenas os idosos naquilo que o Papa propõe, mas também a todos nós que um dia chegaremos a esta fase da vida, pela Graça de Deus, de reconhecer neles a sabedoria que só o tempo é capaz de ensinar.
Um feliz e abençoado Dia Mundial dos Avós e dos Idosos!
Ah! Se você gostaria de ouvir também a mensagem do I Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, envie uma mensagem de áudio contando a sua motivação ou o que esta mensagem suscitou no seu coração para querer ouvir também a primeira. Tenho certeza que seria uma grande riqueza compartilhar suas inspirações com todos os ouvintes do Fala, Chico!.
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Confira abaixo o texto completo da mensagem:
Mensagem do Santo Padre Francisco para o II Dia Mundial dos Avós e dos Idosos
“Dão fruto mesmo na velhice” (Sl 92, 15)
Caríssima, caríssimo!
O versículo 15 do Salmo 92 – «dão fruto mesmo na velhice » – é uma boa notícia, um verdadeiro «evangelho» que podemos, por ocasião do II Dia Mundial dos Avós e Idosos, anunciar ao mundo. O mesmo vai contracorrente relativamente àquilo que o mundo pensa desta idade da vida e também ao comportamento resignado de alguns de nós, idosos, que caminhamos com pouca esperança e sem nada mais esperar do futuro.
Muitas pessoas têm medo da velhice. Consideram-na uma espécie de doença, com a qual é melhor evitar qualquer tipo de contacto: os idosos não nos dizem respeito – pensam elas – e é conveniente que estejam o mais longe possível, talvez juntos uns com os outros, em estruturas que cuidem deles e nos livrem da obrigação de nos ocuparmos das suas penas. É a «cultura do descarte»: aquela mentalidade que, enquanto nos faz sentir diversos dos mais frágeis e alheios à sua fragilidade, permite-nos imaginar caminhos separados entre «nós» e «eles». Mas, na realidade, uma vida longa – ensina a Sagrada Escritura – é uma bênção, e os idosos não são proscritos de quem se deve estar à larga, mas sinais vivos da benevolência de Deus que efunde a vida em abundância. Bendita a casa que guarda um ancião! Bendita a família que honra os seus avós!
Com efeito, a velhice constitui uma estação que não é fácil de entender, mesmo para nós que já a vivemos. Embora chegue depois dum longo caminho, ninguém nos preparou para a enfrentar; parece quase apanhar-nos de surpresa. As sociedades mais desenvolvidas gastam muito para esta idade da vida, mas não ajudam a interpretá-la: proporcionam planos de assistência, mas não projetos de existência [1]. Por isso é difícil olhar para o futuro e individuar um horizonte para onde tender. Por um lado, somos tentados a exorcizar a velhice, escondendo as rugas e fingindo ser sempre jovens, por outro parece que nada mais se possa fazer senão viver desiludidos, resignados a não ter mais «frutos para dar».
O fim da atividade laboral e os filhos já autónomos fazem esmorecer os motivos pelos quais gastamos muitas das nossas energias. A consciência de que as forças declinam ou o aparecimento duma doença podem pôr em crise as nossas certezas. O mundo – com os seus ritmos acelerados, que sentimos dificuldade em acompanhar – parece não nos deixar alternativa, levando-nos a interiorizar a ideia do descarte. Assim se eleva para o céu esta súplica do Salmo: «Não me rejeites no tempo da velhice; não me abandones, quando já não tiver forças» (71, 9).
Mas o mesmo Salmo, que repassa a presença do Senhor nas diversas estações da existência, convida-nos a continuar a esperar: chegada a velhice e os cabelos brancos, o Senhor continuará a dar-nos a vida e não deixará que sejamos oprimidos pelo mal. Confiando n’Ele, encontraremos a força para multiplicar o louvor (cf. Sal 71, 14-20) e descobriremos que envelhecer não é apenas a deterioração natural do corpo ou a passagem inevitável do tempo, mas também o dom duma vida longa. Envelhecer não é uma condenação, mas uma bênção!
Por isso, devemos vigiar sobre nós mesmos e aprender a viver uma velhice ativa, inclusive do ponto de vista espiritual, cultivando a nossa vida interior através da leitura assídua da Palavra de Deus, da oração diária, do recurso habitual aos Sacramentos e da participação na Liturgia. E, a par da relação com Deus, cultivemos as relações com os outros: antes de mais nada, com a família, os filhos, os netos, a quem havemos de oferecer o nosso afeto cheio de solicitude; bem como as pessoas pobres e atribuladas, das quais nos façamos próximo com a ajuda concreta e a oração. Tudo isto ajudará a não nos sentirmos meros espetadores no teatro do mundo, não nos limitarmos a olhar da sacada, a ficar à janela. Ao contrário, apurando os nossos sentidos para reconhecerem a presença do Senhor [2], seremos como uma «oliveira verdejante na casa de Deus» ( Sal 52, 10), poderemos ser uma bênção para quem vive junto de nós.
A velhice não é um tempo inútil, no qual a pessoa deva pôr-se de lado recolhendo os remos para dentro do barco, mas uma estação para continuar a dar fruto: há uma nova missão, que nos espera, convidando-nos a voltar os olhos para o futuro. «A nossa sensibilidade especial de idosos, da idade anciã às atenções, pensamentos e afetos que nos tornam humanos deve voltar a ser uma vocação para muitos. E será uma escolha de amor dos idosos para com as novas gerações» [3]. É o nosso contributo para a revolução da ternura [4], uma revolução espiritual e desarmada da qual vos convido, queridos avós e idosos, a fazer-vos protagonistas.
O mundo vive um período de dura provação, marcado primeiro pela tempestade inesperada e furiosa da pandemia, depois por uma guerra que fere a paz e o desenvolvimento à escala mundial. Não é por acaso que a guerra tenha voltado à Europa no momento em que está a desaparecer a geração que a viveu no século passado. E estas grandes crises correm o risco de nos tornar insensíveis ao facto de que existem outras «epidemias» e outras formas generalizadas de violência que ameaçam a família humana e a nossa casa comum.
Perante tudo isto, temos necessidade duma mudança profunda, duma conversão, que desmilitarize os corações, permitindo a cada um reconhecer no outro um irmão. E nós, avós e idosos, temos uma grande responsabilidade: ensinar às mulheres e aos homens do nosso tempo a contemplar os outros com o mesmo olhar compreensivo e terno que temos para com os nossos netos. Aprimoramos a nossa humanidade ao cuidar do próximo e, hoje, podemos ser mestres dum modo de viver pacífico e atento aos mais frágeis. A nossa atitude poderá, talvez, ser confundida com fraqueza ou servilismo, mas serão os mansos – não os agressivos e prevaricadores – que herdarão a terra (cf. Mt 5, 5).
Um dos frutos que somos chamados a produzir é o de guardar o mundo. «Todos nos sentamos nos joelhos dos avós, que nos tiveram ao colo» [5]; mas hoje é o momento de colocar sobre os nossos joelhos – com a ajuda concreta ou mesmo só com a oração –, juntamente com os nossos netos, muitos outros assustados que ainda não conhecemos e que talvez fujam da guerra ou sofram por causa dela. Guardemos no nosso coração – como fazia São José, pai terno e solícito – os pequeninos da Ucrânia, do Afeganistão, do Sudão do Sul...
Muitos de nós maturaram uma consciência sábia e humilde, de que o mundo tanto precisa: não nos salvamos sozinhos, a felicidade é um pão que se come juntos. Testemunhemo-lo àqueles que se iludem de encontrar realização pessoal e sucesso na contraposição. Todos o podem fazer, mesmo os mais frágeis: até mesmo o deixarmo-nos cuidar – muitas vezes por pessoas que provêm doutros países – é uma maneira de dizer que é não só possível mas também necessário vivermos juntos.
Neste nosso mundo, queridas avós e queridos avôs, queridas idosas e queridos idosos, estamos chamados a ser artífices da revolução da ternura! Façamo-lo aprendendo a usar cada vez mais e melhor o instrumento mais precioso e apropriado que temos para a nossa idade: a oração. «Tornemo-nos, também nós, um pouco poetas da oração: adquiramos o gosto de procurar palavras que nos são próprias, voltando a apoderar-nos daquelas que a Palavra de Deus nos ensina» [6]. A nossa imploração confiante pode fazer muito: é capaz de acompanhar o grito de dor de quem sofre e pode contribuir para mudar os corações. Podemos ser «o “grupo coral” permanente dum grande santuário espiritual, onde a oração de súplica e o canto de louvor sustentam a comunidade que trabalha e luta no campo da vida» [7].
Deste modo o Dia Mundial dos Avós e Idosos é uma oportunidade para dizer mais uma vez, com alegria, que a Igreja quer fazer festa juntamente com aqueles que o Senhor – como diz a Bíblia – «saciou com longos dias» (Sal 91, 16). Celebremo-la juntos! Convido-vos a anunciar este Dia nas vossas paróquias e comunidades, a visitar os idosos mais abandonados, em casa ou nas residências onde estão hospedados. Procuremos que ninguém viva este dia na solidão. Ter alguém para cuidar pode mudar a orientação dos dias de quem já não espera nada de bom do futuro; e dum primeiro encontro pode nascer uma nova amizade. A visita aos idosos abandonados é uma obra de misericórdia do nosso tempo!
Peçamos a Nossa Senhora, Mãe da Ternura, que faça de todos nós dignos artífices da revolução da ternura para, juntos, libertarmos o mundo da sombra da solidão e do demónio da guerra.
A todos vós e aos vossos entes queridos, chegue a minha Bênção, com a certeza da minha afetuosa proximidade. E, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim!
Roma, São João de Latrão, na festa dos Santos Apóstolos Filipe e Tiago, 3 de maio de 2022.